História
da Escola Municipal Professora Efigênia Vidigal
A
Escola Municipal Professora Efigênia Vidigal, foi fundada em 08 de
fevereiro de 1981, nasceu da reivindicação e necessidade de uma
comunidade que estava em franco crescimento e tinha que deslocar-se
muito pra levar os filhos até à escola. Assim, acompanhada pelos
atentos olhares da comunidade, foi erguida a nova Escola que
receberia alunos e professores da EMMA – Escola Municipal Mestre Ataíde, que até então, atendia as crianças da 1ª à 4ª séries.
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Inauguração da EMPEV. |
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Fotografia da EMPEV recém inaugurada. |
Em seu primeiro ano de funcionamento, a partir da proposta de sua 1ª diretora, Maria da Graça, a Escola participou de um concurso promovido pelo Departamento de Parques e Jardins em parceria com a Secretaria Municipal de Educação sobre o tema: “Essa escola é um jardim”. Para participar do concurso a escola deveria apresentar uma maquete representando o jardim que deveria ser executado. A EMPEV ficou em 1º lugar no concurso e o jardim foi executado. A Escola foi cercada por uma linda cerca de buganvília, recebeu muitas árvores e muitas plantas ornamentais.
Daí para frente, as conquistas foram inúmeras. Em 1982, com menos de 1 ano de existência, a EMPEV teve como 2ª diretora, a professora Emilse Paulinelli Pellegrine que rapidamente promoveu a organização da primeira Associação de Pais e Mestres (APM) da EMPEV. A primeira presidente da APM foi a mãe de aluno Ângela Maria do Amaral que anos depois ingressou, passou a fazer parte do corpo de funcionários da Escola, como auxiliar de serviços. Nessa época, em que a comunidade ainda era pequena e o bairro estava em processo de urbanização, foi fundado o clube de mães que se reunia, na escola para fazer trabalhos manuais e ajudar no planejamento de eventos e festas promovidas pela escola.
Em 1983, a Escola ganhou uma quadra descoberta e uma sala de educação artística, muros e uma passarela de acesso à Rua Coronel Bernardino, passando a ter dois acessos de entrada, a pedido dos pais e alunos. Nesse mesmo ano, devido ao aumento do fluxo de alunos o auditório foi transformado em duas salas de aula.
Em
1985, realizamos a 1ª eleição direta para Diretores, em que foi
eleita a professora Vanda Dettman de Araujo. Contrariando a decisão
da comunidade, em 1986, a SMED-BH, envia uma outra diretora para a
Escola, Eliane Bahia do Espírito Santo.
Em 1988 a EMPEV volta ao processo de eleição direta para diretores, agora como uma Política Pública. O dinamismo das eleições diretas trouxe para a EMPEV uma conquista: a participação da comunidade escolar no processo administrativo da Instituição, promovendo a Gestão Democrática. A partir desse momento muitas mudanças, aquisições e investimentos aconteceram. A Escola se tornou um ambiente mais humanizador e afetivo, a relação família e escola mais valorizada.
A EMPEV é pioneira em vários empreendimentos, que hoje, incorporam a política de atendimento da Rede Educacional de Belo Horizonte. Além de ter sido a 1ª escola da rede a promover a 1ª eleição direta para Diretores (1985), em 1991, a Escola iniciou o atendimento de crianças de 06 anos (pré-escolar – 04 turmas), no horário intermediário de 11h às 15h30 e, em1992, foi implantado o 1º curso de Supletivo (5ª a 8ª séries) da Rede. No ano de 1994, a EMPEV trabalhou com o Projeto Reeducação, que foi o precursor do Programa Escola Plural.
Buscando sempre atender melhor a comunidade escolar, a EMPEV participou do 1º Orçamento Participativo da cidade (1994) e, em 1995 ganhou uma quadra coberta e 03 salas de aula
Com a implantação da Escola Plural, que ocorreu em 1995, a EMPEV a partir de 1996, passou a atender crianças até o final do 2º ciclo (5ª série)
A
partir dessa conquista, através do diálogo e participação efetiva
dos professores, funcionários e pais, muitos investimentos e
adequação dos espaços físicos foram realizados com o objetivo de
melhor atendimento.
Educadora
competente, gestora escolar e autora de livros, Efigênia Vidigal
nasceu em Acaiaca-MG e iniciou sua trajetória profissional ao se
mudar com a família para Belo Horizonte, antes dos 20 anos de idade.
Concluiu o curso de formação no Instituto de Educação de Minas Gerais, tornando-se professora, e depois fez o Curso de Administração Escolar na mesma instituição. Exerceu o magistério em diversas escolas estaduais, atuou como orientadora e sempre procurou aperfeiçoar-se por meio de cursos de treinamento e capacitação. Mais tarde graduou-se em Pedagogia na então Faculdade Belo Horizonte.
Diretora concursada, especializou-se em Educação Infantil, naquela época conhecida como Educação Pré-Primária. Foi membro da Comissão que elaborou, em 1967, o Programa da Educação Pré-Primária do Estado de Minas Gerais e lecionou Didática do Pré-Primário no Colégio Santa Marcelina.
Em 1971, Efigênia fundou, juntamente com uma sócia, o Instituto Cecília Meireles, estabelecimento de ensino que dirigiu até seu falecimento em 1977. Após esta data, a família de Efigênia decidiu continuar sua obra e prestar-lhe justa homenagem, escolhendo seu nome para patrona da nova escola, o Instituto Efigênia Vidigal, depois Colégio Efigênia Vidigal, que prestou relevantes serviços educacionais por mais de trinta anos.
Efigênia recebeu várias homenagens durante sua vida: diplomas de Honra ao Mérito e referências elogiosas ao seu desempenho profissional. Após sua morte, a Câmara Municipal de BH prestou-lhe homenagem, dando seu nome à Escola Municipal do Bairro Palmeiras: Escola Municipal Professora Efigênia Vidigal.